Bradesco está em conversas iniciais a respeito de eventual operação envolvendo a companhia de cartões Elo
August 07 2020 - 6:17AM
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O Bradesco (BOV:BBDC4 (BOV:BBDC3) divulgou na
noite desta quinta-feira, 6 de agosto, informando que está em
conversas iniciais a respeito de eventual operação envolvendo a
companhia de cartões Elo.
“O Bradesco informa que está sempre atento a oportunidades de
negócios e investimentos, e que está em conversas iniciais com os
demais acionistas a respeito de eventual operação envolvendo a Elo
Serviços S.A. (Bandeira Elo), não havendo entretanto qualquer
decisão concreta ou deliberação em qualquer órgão societário”,
explicou o banco.
A informação consta em esclarecimento enviado à Comissão de
Valores Mobiliários após a notícia veiculada no último dia 4 de
agosto no jornal “Valor Econômico” sob o título: “Bancos discutem
oferta ou venda da Elo”.
Na reportagem do Valor consta que os bancos acionistas da
bandeira de cartões Elo começaram a discutir possíveis saídas para
o ativo após uma sociedade.
Segundo o jornal, em um primeiro momento, Banco do Brasil
(BBAS3), Bradesco e Caixa Econômica Federal analisam realizar uma
oferta pública inicial de ações (IPO), mas corre por fora ainda a
possibilidade de venda para uma concorrente.
A Elopar, uma joint venture entre Bradesco (50,01%) e Banco do
Brasil (49,99%), controla a bandeira Elo, com 56,969% de
participação.
Ainda de acordo com o Valor, há apetite de grandes bandeiras
internacionais no negócio e a venda seria uma opção. A notícia foi
atribuída a “dois interlocutores”.
Já o Banco do Brasil também divulgou, em esclarecimento à
CVM, que “avalia constantemente oportunidades e alternativas que
contribuam com sua estratégia corporativa e que agreguem valor aos
seus acionistas. Neste escopo estão sendo realizados estudos, ainda
não conclusivos, sobre a participação societária na Elo
Serviços”.
Os bastidores das conversas entre BB e Bradesco sobre Cielo e
Elo
Segundo a CNN, o Banco do Brasil tem interesse de vender os
28,6% que possui na Cielo, assim como fatias de outras empresas,
dentro da lógica do governo Jair Bolsonaro de “privatizar”.
O presidente do Banco do Brasil, Rubens Novaes, provocou barulho
hoje no mercado financeiro ao dizer que contratou uma consultoria
para “destrinchar” as parcerias que possui com o Bradesco na área
de cartões.
O BB contratou uma consultoria para avaliar a Cielo. A empresa
teve prejuízo de R$ 75,2 milhões no segundo trimestre, afetada pela
pandemia e pela forte concorrência nesse mercado.
Os dois bancos são controladores da Cielo, empresa de
maquininhas de capital aberto, e, junto com a Caixa Econômica
Federal, também donos da bandeira de cartões Elo.
Pelo acordo de acionistas, se for vender sua participação, o BB
precisa oferecer o ativo primeiro ao Bradesco, que detém 30% da
empresa, o que ainda não ocorreu. O mercado ficou animado com a
notícia e as ações da companhia subiram 10,69%.
A expectativa dos investidores é que o Bradesco não só compre a
fatia do Banco do Brasil como também feche o capital da companhia.
Mas fontes envolvidas nas conversas descartaram essa
possibilidade.
No caso da Elo, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa começaram a
preparar a empresa para abrir o capital na bolsa. A percepção é que
a companhia tem muito valor a ser “destravado” no mercado. A Elo,
no entanto, ainda teria um longo caminho a percorrer até estar
pronta para vender suas ações.
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