O Bradesco registrou lucro líquido recorrente
de R$ 6,767 bilhões no terceiro trimestre de 2021, alta de 7,1% na
comparação trimestral e avanço de 34,5% em relação a igual período
do ano passado. O ganho ficou acima das previsões dos analistas
consultados pelo Valor, de R$ 6,509 bilhões.
Esse desempenho representou um aumento de 34,5% maior na
comparação com o mesmo período do ano passado e 7,1% acima do
reportado no segundo trimestre deste ano. O desempenho veio pouco
acima da projeção esperada pelos analistas da Refinitiv – superior
em 4,6% –, que era de um lucro de R$ 6,469 bilhões no terceiro
trimestre.
A margem financeira atingiu R$ 15,7 bilhões,
com destaque para a boa performance da margem com clientes, que
evoluiu mais de 4% no trimestre, atingindo um spread de 9,0%.
A margem com clientes foi de R$ 14,054 bilhões, com altas de
4,3% e 9,8%, respectivamente. A taxa média foi de 9,0%, de 8,9% e
9,2%. Já a margem com mercado totalizou R$ 1,648 bilhão, com queda
de 27,3% no trimestre e de 33,9% no ano.
A retomada da atividade econômica iniciada no segundo trimestre
de 2021 aliada ao crescimento dos negócios no terceiro trimestre de
2021 impulsionaram o desempenho das receitas de prestação de
serviços, que atingiram a marca de R$ 8,8 bilhões, superando os
períodos que antecederam a pandemia (3T19). Os destaques nesse
período estão para as evoluções das receitas com cartões, conta
corrente, consórcios e operações de crédito, que apresentaram
crescimento em todos os períodos comparativos.
A volta dos clientes aparece na carteira de
crédito expandida do Bradesco, que subiu 16,4% em relação
ao mesmo período do ano passado, para R$ 773,323 bilhões. A alta
foi impulsionada pelo crédito a pessoas físicas (+24,5%) e a micro,
pequenas e médias empresas (+27,8%). Entre as grandes empresas, o
avanço foi de 4,7%. No total, a carteira para pessoas jurídicas
subiu 11,6%.
“Apesar do crescimento da carteira de crédito e da manutenção do
índice de cobertura acima de 90 dias em cerca de 300%, observa-se
uma redução da despesa de PDD Expandida, refletindo a qualidade nos
processos de concessão de credito e do mix de
produção praticado”, escreveu o Bradesco.
Em setembro de 2021, o índice de inadimplência total acima de 90
dias apresentou leve aumento em relação ao trimestre anterior,
permanecendo nos menores patamares da série histórica. Em relação
ao terceiro trimestre de 2019, período que antecedeu a pandemia, o
índice apresentou melhora de 1,0 ponto porcentual.
A receita de serviços prestados somou R$
8,756 bilhões, avanço de 7,8% em um ano e alta de 4,1% ante o
trimestre imediatamente anterior.
“A retomada da atividade econômica iniciada no 2T21 aliada ao
crescimento dos negócios no 3T21 impulsionaram o
desempenho das receitas de prestação de serviços”, afirmou o
Bradesco, acrescentando a marca superou superando os
períodos que antecederam a pandemia (3T19).
Neste caso, os destaques para o período estão nas evoluções das
receitas com cartões, conta corrente, consórcios e operações de
crédito, que apresentaram crescimento em todos os períodos
comparativos.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na
sigla em inglês) médio anualizado foi de 18,6%, um avanço de 3,4
pontos porcentuais em relação ao mesmo período de 2020. O índice de
eficiência do Bradesco teve alta de 0,2 pontos porcentuais em um
trimestre, para 46%. Em um ano, houve queda de 1,6 pontos
porcentuais.
Na área de seguros, a empresa informou que registrou um lucro de
R$ 1,543 bilhão, alta de 135,4% no trimestre e expansão de 16,4% em
12 meses, com um ROAE de 18,1%, ante 7,8% do 2º trimestre deste ano
e 14,9% do terceiro trimestre do ano passado.
“O 3T21 foi marcado pela forte recuperação dos resultados das
operações de seguros, que evoluíram mais de 100% no trimestre,
motivados pela redução da frequência dos eventos relacionados à
Covid-19 juntamente com o avanço do resultado financeiro, reflexo
do comportamento dos índices econômico-financeiros.”
Despesas
Em relação às despesas operacionais, que somaram R$ 8,756
bilhões, o banco informou que aumentaram 1,3% na comparação com o
mesmo trimestre do ano passado e 8,1% frente ao segundo trimestre
deste ano.
No acumulado de 12 meses, destaca o banco, porém, que as
despesas operacionais reduziram-se 2,5%, “evidenciando as ações da
administração na gestão eficiente de custos, que contribuíram para
uma melhora de cerca de 2 p.p. no índice de eficiência acumulado em
12 meses (3T21 x 3T20).”
Em relação ao trimestre anterior e ao 3T20, a empresa ressalta
que houve o efeito do acordo coletivo ocorrido a partir de setembro
de 2021, cujo índice de correção foi de cerca de 11%.
Os resultados da
Bradesco (BOV:BBDC3) (BOV:BBDC4) referentes suas
operações do terceiro trimestre de 2021 foram divulgados no
dia 04/11/2021. Confira o Press Release completo!
VISÃO DO MERCADO
Credit Suisse
O Credit Suisse comentou que os resultados foram ligeiramente
positivos, considerando os resultados 6% acima do consenso,
mantendo recomendação de compra para ações do banco e
preço-alvo de R$ 30,91.
Itaú BBA
O Itaú BBA avaliou como positivo os resultados, pouco acima das
projeções do banco, destacando que o crescimento da carteira de
crédito foi forte, com spreads ligeiramente melhores e apenas uma
deterioração moderada da qualidade.
Itaú BBA mantém recomendação marketperform com
preço-alvo de R$ 25,00…
Morgan Stanley
O Morgan Stanley comentou que o banco reportou resultados
fortes, com destaque para o “impressionante controle de
custos”.
Morgan Stanley mantém recomendação de compra
com preço-alvo de US$ 6,36 para o ADR da companhia negociado
na Bolsa de Nova York.
XP Investimentos
A XP também apontou que o Bradesco divulgou resultado acima do
esperado, principalmente suportado pelo resultado de seguros acima
do esperado e menores despesas com provisões adicionais do Grupo
Segurador e com provisões operacionais (cíveis e fiscais).
Os analistas também destacam que, embora o banco tenha consumido
28p.p. de índice de cobertura, o atual nível de 297% ainda é
superior aos pares privados (250% do Santander e 234% do Itaú),
enquanto o índice de inadimplência também cresceu em um ritmo
inferior ao dos pares.
“Com isso, enxergamos o Bradesco como o mais defendido em um
cenário macroeconômico mais desafiador à frente, embora acreditemos
que o pico da inadimplência ainda esteja por vir.
XP mantém recomendação neutra com preço-alvo de R$
26,00…
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney,
Estadão, Reuters
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