A MRV & Co, grupo que abrange os negócios imobiliários de
venda, locação e loteamentos, registrou lucro líquido de R$ 550
milhões em 2020, queda de 20,3% em relação ao anterior.
O lucro foi impactado pelo efeito do resultado financeiro,
que gerou uma receita líquida de R$ 47 milhões, montante 65,7%
menor do que em 2019.
Os resultados da MRV (BOV:MRVE3)
referentes suas operações do quarto trimestre de 2020 foram
divulgados no dia 04/03/2021. Confira o Press Release completo!
⇒ Confira a agenda completa da divulgação dos
resultados do 4T20 e referente ao ano de 2020. Confira a
cobertura completa de
todos os balanços referente ao ano de 2020 das empresas
negociadas na B3.
O Ebitda consolidado no ano totalizou R$ 1,007 bilhão, leve
baixa de 0,2%. A receita líquida totalizou R$ 6,646 bilhões,
crescimento de 9,8%.
A MRV&Co, que abrange a incorporadora MRV, a
americana AHS, a empresa de locação Luggo e a loteadora
Urba, obteve o recorde de vendas brutas de R$ 8,7 bilhões.
“Nossa participação de mercado cresceu em 2020. A MRV é mais
protegida do que concorrentes por atuar em todo o mercado
nacional”, diz o copresidente da MRV, Rafael Menin.
4T20
A MRV teve lucro líquido consolidado de R$ 196 milhões no
quarto trimestre de 2020, alta de 29,8% em relação ao mesmo período
de 2019.
O Ebitda consolidado no trimestre foi de R$ 327 milhões,
crescimento de 41,9%. A margem Ebitda no trimestre bateu em 19,2%,
ganho de 3 pontos porcentuais.
A margem bruta caiu de 29,6%, no quarto trimestre de 2019, para
28,4% de outubro a dezembro do ano passado.
A receita líquida no trimestre atingiu R$ 1,702 bilhão, alta de
19,9%.
O crescimento do lucro do grupo no trimestre reflete o avanço
dos lançamentos e vendas nos meses anteriores, com diluição de
despesas e melhora da margem operacional nas suas linhas de
negócios. No trimestre também foi vendido o primeiro empreendimento
da construtora americana AHS após sua aquisição pela MRV. O
empreendimento foi negociado pelo valor de US$ 57 milhões, gerando
um lucro bruto de US$ 17 milhões.
Previsões
A MRV mantém seus planos de curto e médio prazo mesmo com a
expectativa de que o crescimento da economia brasileira não seja
suficiente para reverter a queda de 4,1% do Produto Interno Bruto
(PIB) e apesar do ritmo lento da vacinação contra a covid-19.
Para 2021, há expectativa de elevar lançamentos e vendas da
incorporadora. O grupo espera chegar ao Valor Geral de Vendas (VGV)
anual de lançamentos de R$ 18 bilhões entre 2024 e 2026, o
correspondente a 2,4 vezes os R$ 7,6 bilhões do ano passado.
“Teremos três ou quatro meses complicados. Mas, se as reformas
forem aprovadas, no primeiro semestre, o ano poderá ser melhor do
que o esperado”, afirma Menin.
Segundo ele, as vendas de imóveis da maior incorporadora
brasileira seguem em linha com as projeções para os primeiros meses
de 2021. “A habitação é uma indústria que saiu fortalecida da
crise. O impacto do setor foi ressaltado”, diz.
Do VGV anual de R$ 18 bilhões previsto pelo grupo para entre
2024 e 2026 – 80 mil unidades -, imóveis enquadrados no programa
habitacional Casa Verde e Amarela responderão por R$ 5,9 bilhões e
por metade do volume. Os R$ 12,1 bilhões restantes serão
distribuídos entre o segmento de média renda (R$ 4,3 bilhões), a
Luggo (R$ 1 bilhão), a Urba (R$ 1,1 bilhão) e a AHS (R$ 5,7
bilhões).
Em relação às fortes pressões de custos de materiais de
construção que o setor vem sentindo desde o quarto trimestre, o
copresidente afirma esperar melhora das condições de compra de
insumos a partir deste mês. “Acredito que o pior já ficou para
trás. A partir de março, a entrega de materiais volta ao normal”,
diz. A companhia estima margem bruta estável, no primeiro semestre,
e em recuperação lenta na segunda metade do ano.
No quarto trimestre, os prazos mais longos de recebimento dos
insumos prejudicaram o ritmo de produção e as margens da MRV.
“Tínhamos previsto recuperação da margem bruta no trimestre”, conta
Menin.
Teleconferência
A MRV compensou com alta de preços de imóveis e ganho de
eficiência parte dos aumentos de custos com materiais de
construção, segundo Eduardo Fischer, copresidente. O executivo
participa nessa manhã de teleconferência de resultados com
analistas e investidores.
No segundo semestre do ano passado, o setor sentiu,
negativamente, os impactos das pressões de custos de materiais.
Fischer contou que a MRV antecipou pedidos e aumentou estoques para
reduzir o efeito das altas de custos.
A companhia tinha expectativa de melhora da margem bruta, no
quarto trimestre, devido à retirada dos descontos concedidos no
início da pandemia de covid-19. Isso não foi possível, porém,
devido aos custos mais elevados.
VISÃO DO MERCADO
Credit Suisse
O Credit Suisse comentou os resultados divulgados pela MRV na
quinta, que classificou como “mornos”. O banco destaca que o
faturamento cresceu 20% na comparação anual, a R$ 1,7 bilhão. A
margem bruta aumentou 0,3%, a 28,4%.
Apesar de as despesas gerais, administrativas e com vendas
aumentarem consideravelmente devido ao maior volume de vendas, a
MRV manteve um lucro líquido robusto, de R$ 196 milhões, e uma
margem saudável de 11,5%, diz o banco. Além disso, a empresa mantém
a estratégia de impulsionar a operação de suas subsidiárias e
reforçar seu banco de terrenos.
Apesar de ter uma visão positiva sobre a diversificação de suas
operações, o Credit mantém cautela, por acreditar que as margens
podem continuar a ser pressionadas pela alta dos preços, que devem
levar a redução nos descontos garantidos desde o início do ano
passado.
Credit Suisse mantém recomendação neutra, com preço-alvo de R$
21,50.
XP Investimentos
A MRV apresentou resultados “sólidos” no quarto trimestre, com
destaque para aumento de 47,3% das vendas líquidas e para a
retomada dos lançamentos, segundo analistas da XP. Além disso,
dizem os profissionais, “a MRV reiterou seu robusto plano de
crescimento fora do programa Casa Verde e Amarela”.
A margem bruta acabou ficando estável, ressaltam, já que, mesmo
com a menor concessão de descontos, houve pressão da inflação de
materiais no segundo semestre de 2020.
Apesar do bom desempenho, o resultado ficou em linha com o que
era esperado e, por isso, não deve motivar fortes altas para os
papéis, diz a XP.
XP Investimentos tem recomendação neutra e preço-alvo de R$
23,00.
Pensando em investir na MRV?
A MRV Engenharia é uma construtora brasileira sediada na cidade
de Belo Horizonte. Atua nas áreas de construção e incorporação de
empreendimentos residenciais, casas e apartamentos, com foco na
classe média
→ A MRV Engenharia e Participações é uma das maiores empresas de
construção e incorporação imobiliária do Brasil. Confira
a análise
completa da empresa com informações exclusivas.
Governança Corporativa
As ações da MRV são listadas no Novo Mercado da B3. A empresa
realizou o IPO no dia 18 de julho de 2007.
Composição Acionária
Desempenho da empresa na B3
No último ano, as ações da
MRV oscilaram entre a mínima de R$ 9,12 e a
máxima de R$ 21,76. No último pregão antes da divulgação do
resultado do 4T20, a empresa fechou em alta de 1,09%,
negociada a R$ 16,70.
Confira o histórico da MRV (MRVE3)
Período |
Abertura |
Máxima |
Mínima |
Preço Médio |
Vol Médio |
Variação |
Variação % |
1 Semana |
17,23 |
17,54 |
15,61 |
16,62 |
4.813.400 |
-0,82 |
-4,76% |
1 Mês |
20,15 |
20,26 |
15,61 |
17,98 |
4.501.056 |
-3,74 |
-18,56% |
3 Meses |
19,32 |
21,10 |
15,61 |
18,95 |
4.323.581 |
-2,91 |
-15,06% |
6 Meses |
17,68 |
21,13 |
15,46 |
18,59 |
4.675.664 |
-1,27 |
-7,18% |
1 Ano |
19,00 |
21,76 |
9,12 |
17,21 |
4.991.605 |
-2,59 |
-13,63% |
3 Anos |
15,30 |
22,78 |
9,12 |
16,66 |
4.623.897 |
1,11 |
7,25% |
5 Anos |
11,03 |
22,78 |
9,12 |
15,57 |
3.973.320 |
5,38 |
48,78% |
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney,
Estadão, Reuters
MRV ON (BOV:MRVE3)
Historical Stock Chart
From Mar 2024 to Apr 2024
MRV ON (BOV:MRVE3)
Historical Stock Chart
From Apr 2023 to Apr 2024