Stone aumenta espectro de clientes, após aprovação sem restrições da compra da Linx pelo Cade
June 16 2021 - 11:20PM
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A aprovação sem restrições da compra da desenvolvedora de
programas para o varejo Linx pelo Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (Cade) abre as portas para a instituição de pagamentos
Stone aumentar o seu espectro de clientes. Segundo a diretora de
Operações e Estratégia da adquirente, Lia Mattos, esse é o efeito
mais imediato da formalização da operação, mas o objetivo final vai
bem além.
“Tem muito que a gente pode fazer com essa combinação entre
software e serviços financeiros para oferecer mais soluções para o
cliente”, disse Mattos em entrevista ao Broadcast, em
referência à expertise de cada uma das empresas. Com o aval do
Cade, a equipe da Linx (BOV:LINX3) será incorporada pela Stone e,
segundo a executiva, aos poucos as carteiras de clientes se
complementarão.
Voltada principalmente para o atendimento a pequenas e médias
empresas, a Stone amplia seu escopo ao absorver a clientela da
Linx, composta em sua maior parte por empresas médias e grandes. A
proposta essencial é oferecer a essa clientela soluções
ominichannel, que propiciem a integração das operações físicas e
virtuais, em uma combinação de gerenciamento de estoques e também
de pagamentos.
Com sua capacidade incrementada pela Linx, a Stone espera
aportar ainda mais no seu casamento com o Banco Inter, a ser selado
com a oferta de ações a ser realizada pelo banco, na qual a
adquirente se compromete a ancorar com até R$ 2,5 bilhões, ou o
suficiente para adquirir até 4,99% do capital. Em termos
operacionais, o laço selado entre as duas empresas se dará no
marketplace Intershop, que chegou a 1,7 milhão de usuários ativos e
vendas de R$ 676 milhões no primeiro trimestre.
A oferta de R$ 6,8 bilhões da Stone pela Linx foi aceita em
novembro do ano passado. No fim de maio, o relator do processo,
conselheiro Sérgio Ravagnani, pediu mais 90 dias para a conclusão
da análise, mas nesta quarta-feira ele negou recursos de
concorrentes, entre elas a Cielo, e considerou que o negócio não
traz prejuízos à concorrência.
Prejuízo líquido de R$ 6,87 milhões no 1T21, queda de 24%
A Linx teve prejuízo
líquido de R$ 6,87 milhões no primeiro trimestre de
2021, queda de 24% em relação ao prejuízo em igual período
de 2020.
A receita líquida nos três primeiros
meses de 2021, por sua vez, teve alta de 10,6% no comparativo
anual, a R$ 230,6 milhões.
O ebitda – lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização – foi de R$ 46,3 milhões,
alta de 24% na comparação anual.
A empresa apontou que a Linx Digital alcançou participação de
14,7% na receita recorrente trimestral. O Linx Pay chegou a 13,1%
de participação. Já a Linx Core avançou para 14,6%.
Informações Broadcast