Esse é o Bom Dia, Investidor, com tudo
o que você precisa saber antes da Bolsa abrir!
Para saber o que aconteceu ontem após o fechamento do
mercado, confira o nosso Boa noite,
Investidor!
Pré Market
O mercado financeiro no Brasil dedicou o dia seguinte à
inesperada decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) para
externar toda a ira com o contrapé dado pelo Banco Central. A
surpresa com a manutenção da taxa básica de juros em 6,50% provocou
um ajuste nos preços dos ativos locais, ampliando a pressão no
dólar e recompondo os prêmios nos juros futuros, ao passo que a
bolsa desceu mais de 3 mil pontos.
O que houve, na verdade, foi uma reversão de expectativas. Ou,
no jargão do mercado, um desmonte de posições, que acionou ordens
de stop loss (perda máxima aceitável), intensificando o movimento
dos mercados domésticos. Todos sabiam que, uma hora, essa correção
viria.
Não é, portanto, culpa do BC. Mas de expectativas que foram
montadas em cima de um cenário pouco factível e condizente com a
realidade. Por isso, não adianta só agora trazer à tona todos
problemas internos dos quais se fala há tempos – incerteza
eleitoral, crise fiscal, insucesso nas reformas etc. – e dos
quais o investidor (e economistas) vinha ignorando, surfando na
onda da liquidez global – que, aliás, mingou.
Sem entrar no mérito da questão sobre a falha na comunicação da
autoridade monetária, a pergunta que fica é: e se a Selic tivesse
caído mais 0,25 ponto na quarta-feira, para onde teria ido a taxa
de câmbio? Ontem, o dólar subiu pela quinta sessão seguida e
encerrou no maior nível em pouco mais de dois anos, já na casa dos
R$ 3,70. E como estariam distribuídos os prêmios nos juros futuros?
Até então, praticamente não havia risco embutido nas taxas dos DIs,
como se o Brasil fosse “uma suíça”.
O investidor resolveu, então, passar o Brasil a limpo e se
escorou nos dados recentes de atividade e inflação, entre outros,
para se dar conta de que o crescimento econômico está sob risco,
com o PIB do primeiro trimestre deste ano podendo voltar ao
vermelho, e que a trajetória de alta dos preços só deve seguir
comportada por causa do espaço estreito para repassar pressão de
custos, em um ambiente de baixa demanda e elevado
desemprego.
Leia: Pré-Market: Mercado cai na
real
Destaques Corporativos
Cosan (BOV:CSAN3): Após o pregão desta
quinta-feira (17), a Cosan informou ao mercado que
efetuou a recomenda de 13 milhões de ações ordinárias de sua
emissão, em leilão realizado na B3.
Petrobras (BOV:PETR4): O Governo pediu à
Advocacia-geral da União para fazer uma conciliação e resolver
pendências em torno da revisão do contrato da cessão onerosa no
pré-sal. A decisão do Planalto ocorre após a falta de um
entendimento com a Petrobras sobre o tema.
Bradespar (BOV:BRAP4): Dois dias após ser
condenada a pagar multa de R$ bilhões à Elétron, a
Bradespar comunicou ao mercado que
distribuirá R$ 433 milhões sob a forma de dividendos extras aos
seus acionistas.
Hypera Pharma (BOV:HYPE3): De acordo com o
jornal Valor Econômico, a Procuradoria-Geral
da República e os negociadores da Hypera estão montando um acordo
de leniência, e o órgão do Ministério Público já apresentou à
farmacêutica o valor da multa pretendida, de R$ 2
bilhões. Segundo o Valor, inicialmente, a Hypera estaria
disposta a pagar menos da metade disso, R$ 850 milhões.
Walmart Brasil (BOV:WALM34): A venda de 80% da
operação brasileira do Walmart para a empresa de
private equity Advent Internacional pode atingir R$ 8 bilhões.
BRF (BOV:BRFS3): A agência de
classificação de riscos Fitch Ratings manteve o rating da BRF em
escala corporativa global BBB-, cuja classificação é considerada
grau de investimento, alterando a perspectiva de estável para
negativa.
Petrobras (BOV:PETR4): No novo plano de
investimentos, o presidente da Petrobras, Pedro
Parente, acredita que a empresa voltará a aumentar seus
investimentos, mesmo que de forma pontual.
Recomendações de Ativos
(BOV:TIMP3): O HSBC elevou o
preço alvo da Tim para R$ 12 e manteve a
recomendação reduce.
(BOV:JSLG3): O BB
Investimentos revisou para baixo o preço-alvo da
JSL, passando de R$ 13,80 para R$ 10,50. A equipe
de análise reiterou a recomendação outperform para o
papel.
(BOV:CIEL3): O UBS cortou o
preço alvo da Cielo de R$ 21 para R$ 16. Segundo
os analistas do banco, a Cielo está para entrar em “período de
turbulência perfeita”. A recomendação de venda foi mantida.
Notícias
A China anunciou nesta sexta-feira (18) que irá retirar as
tarifas de 178,6% impostas para as importações de sorgo (cereal
normalmente utilizado como ração animal) dos Estados Unidos,
enquanto os países negociam uma alternativa para suas tensões
comerciais.
Em comunicado, o Ministério do Comércio afirma que a tarifa
anunciada há um mês atrás, no dia 18 de abril, aumentou
excessivamente os custos dos consumidores chineses e se afastava do
interesse público.
A tarifa foi imposta logo após o presidente norte americano,
Donald Trump, ameaçar o país com medidas semelhantes, para impedir
a entrada de diversos produtos chineses nos Estados Unidos. Dessa
forma, o presidente disparou os rumores sobre uma guerra comercial
entre os países.
BRADESPAR PN (BOV:BRAP4)
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