Para presidente da Queiroz Galvão, empresa não tem perfil para comprar ativos da Petrobras
November 29 2017 - 3:48PM
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O presidente da Queiroz Galvão Exploração e Produção,
Lincoln Guardado, afirmou nesta quarta-feira (29), que a companhia
não tem interesse nos campos maduros que estão sendo vendidos pela
Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4), em resposta a
uma pergunta de acionista durante apresentação na Apimec-RJ. “Os
projetos da Petrobras são comprados por empresas que estão buscando
reservas, nós compramos exploração. As margens (dos campos da
Petrobras) são pequenas, por isso a Petrobras está com dificuldade
de vender”, disse.
Ele lembrou também que o abandono de campos está cada vez mais
caro por causa de regulamentações governamentais, o que elevaria o
custo desses campos maduros, que teriam que ser descomissionados no
curto/médio prazo.
Primeiro petróleo
A QGEP informou que o primeiro petróleo da história da empresa
será produzido a partir do campo de Atlanta, na bacia de Santos, no
primeiro trimestre de 2018. De acordo com Guardado, a unidade
flutuante de produção, armazenamento e transferência (FPSO, na
sigla em inglês) chega ao Brasil ainda este ano.
“O Brasil é a maior oportunidade que o setor de
petróleo tem no mundo, queremos ser a principal empresa
privada produtora em águas profundas”, disse Guardado durante
apresentação para investidores e analistas em reunião da Apimec-RJ.
“Atlanta tem óleo pesado, foi um grande desafio, outras empresas
tentaram e não conseguiram produzir. Nós completamos dois poços
horizontais que já foram testados e vamos começar a produzir”,
afirmou o executivo.
Ele informou que Atlanta tem reservas de 200 milhões de barris
de óleo de petróleo e no início vai produzir 20 mil barris diários,
e evoluir para 30 mil b/d oito meses depois. A produção deverá ter
a duração de 3 anos. O petróleo de Atlanta tem 14 graus API, medida
que avalia a qualidade do petróleo, sendo mais leve quanto mais de
aproxima de 50 graus.
Informou ainda que pediu mais prazo para a Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para avaliar se vai explorar ou não os
campos de Tubarão e Camarão Norte, perto de Manati, na bacia de
Camamu-Almada, na Bahia, e anunciou que no ano que vem Manati,
campo de gás natural da empresa, vai produzir 5,1 milhões de metros
cúbicos por dia. “Estamos confiantes que as usinas térmicas vão
continuar ligadas no ano que vem e vamos fornecer gás para elas”,
disse aos acionistas.
Terceiro poço
A diretora Financeira e de Relações com Investidores da QGEP,
Paula Costa, informou que a petroleira vai perfurar o terceiro poço
no campo de Atlanta, na bacia de Santos, no segundo semestre de
2018.
Ela disse que o break even (ponto de
equilíbrio) do projeto é de US$ 38 o barril, e que a companhia vê o
petróleo em uma patamar de U$ 60 o barril. “Temos uma margem
importante em Atlanta, mas vamos aguardar o início de produção para
fazer o terceiro poço”, disse em resposta a um acionista durante
apresentação na Apimec-RJ.
Ela argumentou que a empresa prefere esperar a geração de caixa
pelo campo para aumentar o investimento. “Um dos sócios está
inadimplente, então aumentar investimento antes de gerar caixa não
me parece interessante”, explicou Costa, referindo-se à
Dommo Energia (DMMO3).
Fonte: Agência Estado
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