A Oi registrou prejuízo líquido de R$ 2,830 bilhões em seu
balanço referente ao terceiro trimestre de 2023. Em comparação com
o mesmo período do ano anterior, quando o número foi de R$ 3,243
bilhões, houve uma retração de 12,7%.
No que diz respeito à receita líquida, a empresa alcançou R$
2,422 bilhões entre julho e setembro, representando uma queda de
12,6% em relação ao mesmo período de 2022.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e
amortização, na sigla em inglês) de rotina, por sua vez, ficou
negativo em R$ 330 milhões, ante R$ 167 milhões positivos do
terceiro trimestre de 2022.
De acordo com a Oi, o Ebitda foi impactado, “principalmente pela
aceleração na queda das receitas de serviços legados, incluindo TV
DTH, sem contrapartidas proporcionais em eficiência, dadas as
atuais limitações do arcabouço regulatório; e pelo crescimento dos
custos de aluguel de rede, para suporte ao crescimento da operação
de fibra, decorrentes do modelo operacional iniciado em
jun-22”.
As despesas com depreciação e amortização totalizaram R$ 364
milhões no 3T23, apresentando uma queda de 67,0% na base anual.
O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 2,480 bilhões
no terceiro trimestre de 2023, uma elevação de 23,4% sobre as
perdas financeiras da mesma etapa de 2022.
O fluxo de caixa operacional encerrou o 3T23 com um consumo de
R$ 532 milhões, impactado principalmente pelo crescente consumo dos
serviços legados.
Os investimentos somaram R$ 201 milhões no 3T23, com as
operações core respondendo por 76% deste total.
Em 30 de setembro de 2023, a dívida líquida da companhia era de
R$ 22,709 bilhões, um crescimento de 23,9% na comparação com a
mesma etapa de 2022.
A companhia encerrou o 3T23 com caixa consolidado de R$ 2,5
bilhões, redução de 2,2% na base trimestral.
Os resultados da Oi (BOV:OIBR3)
(BOV:OIBR4)
referentes às suas operações do terceiro trimestre de 2023 foram
divulgados no dia 08/11/2023.
Teleconferência
O CEO, Rodrigo Abreu, apresentou os resultados em
teleconferência na manhã desta quinta e respondeu questionamentos
sobre o processo de ativos, como a alienação da V.tal e a operação
de venda da ClientCo.
“Há possibilidade de aumento de diluição na V.Tal”, afirma
Abreu. O executivo esclareceu que o processo de alienação tem sido
público e que o estabelecimento de métricas futuras para
continuidade da alienação será realizado no futuro, com parâmetros
ajustados de acordo com estudos em curso.
Em relação à venda da ClientCo, o CEO considera que faz parte de
planos do futuro para que haja levantamento de ativos para
recuperação judicial. Mas indicou que ainda não há definição se a
venda será parcial ou total.
“Quando fizemos a primeira versão do plano de recuperação
judicial, previmos que no longo prazo seria necessário a realização
de movimentos não orgânicos, como a alienação de V. Tal e a venda
de parte da ClientCo”, explica o CEO. O executivo ressaltou que
considerações sobre a venda da ClientCo dependem do potencial de
valorização do negócio.
Cristiana Barreto, CFO da Oi, ressaltou que as despesas de
pessoal recorrentes caíram 10,1% em relação ao ano anterior.
Segundo a executiva, as despesas gerais e administrativas caíram
de acordo com o avanço em iniciativas de eficiência. “A Oi ainda
tem um grande espaço para melhorar seu perfil de custos”,
considera. A redução das despesas, no entanto, não foi suficiente
para deixar o Ebitda no campo positivo.
Os segmentos de maior destaque positivo apresentados no balanço
foram da Oi Fibra, que apresentou crescimento, e as Tecnologias da
Informação e Comunicação (TICs), da Oi Soluções.
“De acordo com levantamentos, os clientes da Oi Fibra são os
mais satisfeitos em relação aos de outras operadoras”, diz Rodrigo
Abreu, CEO da Oi.
Ainda assim, de acordo com a análise da corretora, a dinâmica de
desempenho da empresa ainda apresenta queda notável.
“Estamos em meio de um processo de transformação natural”,
considera o CEO da companhia.
VISÃO DO MERCADO
Genial
A Oi divulgou seus resultados financeiros na noite da
quarta-feira (8) e apresentou redução do prejuízo em 12,7% no
terceiro trimestre. O desempenho foi considerado fraco por
analistas e, na visão da Genial, “não há indícios de melhoras”.
“A empresa encontra-se em uma situação extremamente complicada,
com queima de caixa e endividamento exorbitante (R$22,7 bilhões) e
sem perspectivas de recuperação. Portanto, estamos mantendo nossa
recomendação de venda, porém estamos reduzindo o preço-alvo de
R$0,90 para R$ 0,60”, considera a corretora, em relatório sobre o
balanço apresentado.
Na análise da Genial, a companhia segue “endividada e queimando
caixa”, o que teria relação com a necessidade de levantamento de
ativos. De acordo com a CFO, no entanto, a Oi tem buscado redução
de custos e apostado em iniciativas para melhorar a eficiência.
A Genial destaca que “a redução nas despesas com pessoal,
interconexão e serviços de terceiros foi contrabalanceada pelo
aumento nos custos de manutenção de rede, aluguel e seguros.”
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney,
Estadão
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