Veja as perspectivas divergentes do BBA e do JPMorgan sobre a ação do Banco do Brasil após o 2T24
August 13 2024 - 3:45PM
Newspaper
Após os resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24), o Itaú
BBA reiterou recomendação neutra para ação do Banco do Brasil e
preço-alvo de R$ 31 (potencial de valorização de 14%), ao
incorporar as estimativas atualizadas.
Apesar de ainda ser uma tese de retorno sobre patrimônio líquido
(ROE, na sigla em inglês) de aproximadamente 20% em 2024 e 2025, o
BBA destaca que os lucros de curto prazo provavelmente permanecerão
estáveis devido a uma margem financeira (NII) mais fraca e maiores
provisões para crédito.
Segundo os analistas do BBA, a margem do BB enfrenta desafios de
mix de crédito, dado o maior crescimento em Agronegócio e
corporativo, impactos adversos do aumento da carteira renegociada e
comparações difíceis com o forte primeiro semestre de 2024 da
Patagonia.
Os NIMs (margens de lucro líquidas) dos clientes estão caindo,
pois os rendimentos mais baixos dos ativos encontram apenas custos
de financiamento estáveis. “Portanto, a revisão para cima de R$ 2,5
bilhões no guidance de NII para o exercício de 2024 parece ter sido
mais impulsionada pelo desempenho do primeiro semestre e por uma
perspectiva mais alta para a Selic, e menos pela dinâmica do
crédito”, explica o BBA.
Além disso, segundo o banco, as pressões de custo de crédito
devem persistir por mais algum tempo na carteira corporativa,
conforme a revisão para cima da orientação de R$ 4 bilhões.
Nesse contexto, os analistas do Itaú BBA comentam que o BB
(BOV:BBAS3) é o único grande banco com uma carteira renegociada em
crescimento neste ponto do ciclo, criando um obstáculo de NPL
(inadimplência). Sem revisões para despesas gerais e
administrativas (SG&A) e receita de tarifas, a faixa de
orientação de lucro inalterada parece ter menos assimetria
positiva.
O BBA prevê lucros de R$ 38,2 bilhões e 39,4 bilhões para 2024 e
2025, crescimento de 8% e 3%, respectivamente.
Apesar de negociar a avaliações descontadas de 0,7 vez o
múltiplo de Preço/Valor Patrimonial e 4 vezes Preço/Lucro para 2025
e cerca de 10% de dividend yield (dividendo sobre o valor da ação),
os analistas vislumbram um momento de lucro fraco impedindo a
reavaliação das ações.
O JPMorgan, por sua vez, elevou a estimativa de lucro recorrente
em 1,5% para R$ 37,563 bilhões em 2024, implicando um crescimento
anual de aproximadamente 6% e um retorno sobre patrimônio líquido
(ROE) de 21,8%.
Para 2025, a previsão de lucro recorrente foi elevada em 2% para
R$ 39,312 bilhões, implicando em um crescimento anual de 5% e um
ROE de 20,4%. No entanto, as expectativas do JPMorgan estão 2%
abaixo do consenso da Bloomberg para 2024 e 1% abaixo para
2025.
Embora o JPMorgan defenda que o ROE do Banco do Brasil atingiu
seu pico e deve gradualmente diminuir, ainda considera a avaliação
muito atraente.
Com isso, o banco americano traçou um novo preço-alvo de R$ 33
por ação para o final de 2025 (ou upside de 22%), em comparação com
o preço-alvo anterior de R$ 32 por ação para o final de 2024, e
manteve a recomendação overweight (exposição acima da média do
mercado, equivalente à compra) para os ativos.
Informações Infomoney
BANCO DO BRASIL ON (BOV:BBAS3)
Historical Stock Chart
From Aug 2024 to Sep 2024
BANCO DO BRASIL ON (BOV:BBAS3)
Historical Stock Chart
From Sep 2023 to Sep 2024