A holding BB Seguridade registrou lucro líquido no segundo trimestre de 2022 de R$ 1,406 bilhão, alta de 86,6% sobre o mesmo período de 2021.

Segundo a empresa, o desempenho é fruto do forte crescimento de vendas, redução da sinistralidade e crescimento do resultado financeiro.

O resultado financeiro consolidado da BB Seguridade e de suas investidas atingiu R$ 166,5 milhões, ante saldo negativo de R$ 101,7 milhões registrado no 2T21. O desempenho é atribuído em grande parte ao aumento da taxa Selic, que impactou positivamente o resultado financeiro de todas as empresas do grupo, e à melhora do resultado financeiro da Brasilprev.

A desaceleração do IGP-M, com redução no custo dos passivos relacionados aos planos tradicionais, conjugada com o aumento do IPCA, que pelo lado do ativo compensou em parte o efeito negativo da redução do IGP-M na carteira de títulos mantidos até o vencimento, foram os principais fatores que contribuíram para a melhora do resultado financeiro da Brasilprev.

Por outro lado, o descasamento temporal na atualização de ativos e passivos e, principalmente, a marcação a mercado negativa, no valor de R$144,2 milhões, decorrente da abertura da estrutura a termo de taxa de juros real, mantiveram o resultado financeiro da Brasilprev em território negativo, explicando a queda do resultado financeiro consolidado do grupo no comparativo com o 1T22.

Os prêmios emitidos somaram R$ 3,872 bilhões no 2T22, crescimento de 22,9% na base anual, sustentado pela expansão do crédito rural no Banco do Brasil para a Safra 22/23,bem como em função da aceleração das vendas novas.

Os prêmios emitidos cresceram 21,2%, conduzidos pelo rural (+43,1%), vida (+7,0%), residencial (+29,2%) e empresarial/massificados (+29,6%). Importante ressaltar ainda a recuperação do seguro prestamista, que ao final do 1T22 registrava queda de 11,4% e fechou o primeiro semestre com retração de 4,2%, com a melhora das vendas no 2T22.

Os prêmios emitidos da Brasilseg cresceram, respectivamente, 25,1% e 21,2%, ambos acima do intervalo do guidance. Já as reservas de previdência – PGBL e VGBL aumentaram 3,9%, posicionandose abaixo das estimativas

Em previdência, a captação líquida foi negativa em R$ 748 milhões, em razão do aumento de 1,9 p.p. no índice de resgates, impactado pela volatilidade do cenário econômico global e pelo pagamento de benefícios por morte, que mais do que compensou o incremento de 12,8% em contribuições.

As despesas gerais e administrativas somaram R$ 5,900 bilhões no 2T22, um crescimento de 28,8% em relação ao mesmo período de 2021.

Já o índice de despesas gerais e administrativas registrou aumento de 1,9 p.p. em relação ao 2T21, em função das maiores despesas administrativas, consequência do aumento nos gastos com pessoal próprio e serviços de terceiros.

Os ativos totalizaram R$ 9,848 bilhões no segundo trimestre de 2022, uma elevação de 24% na comparação ano a ano.

As reservas expandiram 4,3% em 12 meses, com a taxa média de gestão anualizada alcançando 1,01%, mantendo-se praticamente estável no comparativo com o 2T21 e contraindo 0,01 p.p. em relação ao 1T22.

A arrecadação com títulos de capitalização cresceu 25,9%, com aumento do ticket médio dos títulos de pagamento único e expansão de 25,3% nas vendas de títulos de pagamento mensal.

No 2T22, a sinistralidade recuou 23,7 p.p. em relação ao 2T22, positivamente impactada pela forte redução no volume de avisos nos produtos com cobertura de morte. Assim como no 1T22, o aumento no número de infecções por Covid-19 não se refletiu em um maior volume de avisos no 2T22, dado o alto nível de cobertura vacinal da população. No comparativo ao 2T21, o seguro de vida teve retração de 21,5 p.p. na sinistralidade; o prestamista caiu 36,2 p.p.; o habitacional diminuiu 36,2 p.p.; e o vida produtor rural reduziu 42,6 p.p. No período foi contabilizado um montante de R$ 14,7 milhões (data-base: 14/07/2022) de sinistros identificados como Covid-19, o que representa uma retração de 96,7% em relação ao mesmo período de 2021 (R$ 446,9 milhões).

A variação da sinistralidade do 2T22 em relação ao 2T21 foi composta por: ▪ melhora do agrícola (-2,6 p.p.), que foi impactado no 2T21 por sinistros de Milho Safrinha (seca e geada) no Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Goiás.

Por outro lado, uma parte dessa melhora foi consumida por avisos tardios relacionados à severa estiagem na região Sul que afetou o 1T22 e por maior volume de avisos de sinistros em Goiás e Mato Grosso, estados que possuem valor médio de cobertura superior às demais regiões; recuo do penhor rural (-7,7 p.p.), em razão da antecipação dos avisos de sinistros de máquinas para o 1T22, devido ao adiantamento da colheita da safra de inverno, da menor frequência de avisos no final da colheita da safra verão e da base de comparação elevada devido à incidência de incêndios com maior severidade dos avisos no 2T21; aumento no residencial (+8,6 p.p.), consequência do maior volume de sinistros decorrentes de incêndio, danos elétricos e vendaval; e aumento no empresarial/massificados (+4,3 p.p.), em função principalmente do maior volume de sinistros no produto seguro quebra de garantia.

Os resultados do BB Seguridade (BOV:BBSE3) referentes suas operações do segundo trimestre de 2022 foram divulgados no dia 08/07/2022. Confira o Press Release!

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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