O relatório concluiu que mais de 1,7 bilhão de
mulheres em países de baixa e média renda não possuem telefones
celulares, criando um hiato de gênero de 200 milhões de
mulheres
A GSMA divulgou hoje o relatório "Bridging the Gender Gap:
Mobile Access and Usage in Low- and Middle-income Countries"
(Acabando com o Hiato de Gênero: Acesso e Uso do Telefone Celular
em Países de Baixa e Média Renda”), um relatório que
analisa a posse de telefones celulares pelas mulheres, assim como
as barreiras para a adoção e uso de telefones celulares, e que
identifica oportunidades viáveis para as partes interessadas em
todo o ecossistema móvel para acelerar a adoção da tecnologia móvel
pelas mulheres. O relatório baseia-se nas conclusões do relatório
"Women and Mobile: A Global Opportunity" (“Mulheres e o Celular:
Uma Oportunidade Global”), lançado em 2010, que destacou pela
primeira vez a disparidade na posse de telefones celulares entre
homens e mulheres em países de baixa e média renda.
"A onipresença e acessibilidade do celular nos apresenta uma
oportunidade sem precedentes para melhorar e aumentar o
desenvolvimento socioeconômico. No entanto, como mostra o nosso
estudo, as mulheres, em particular, tendem a ficar para trás, como
proprietárias de telefones celulares e como consumidoras dos
serviços móveis", disse Anne Bouverot, Diretora Geral da GSMA. "Ao
abordar a lacuna entre os gêneros na posse e uso de telefone
celular, nós forneceremos benefícios substanciais para as mulheres,
para o setor móvel e para a economia mais ampla."
Este novo estudo em grande escala analisa a forma como, no
período de cinco anos desde que o estudo de referência foi lançado,
o acesso aos telefones celulares aumentou substancialmente e as
taxas de penetração dos telefones celulares estão acelerando
rapidamente nos países em desenvolvimento. No entanto, o estudo
também concluiu que, apesar do progresso feito, as mulheres
continuam a ficar para trás e os desafios permanecem no sentido de
garantir que as mulheres sejam incluídas em um mundo cada vez mais
conectado e habilitado para a internet.
Principais Conclusões da Pesquisa
A pesquisa mostrou que mais de 1,7 bilhão de mulheres nos países
de baixa e média renda não possuem telefones celulares e as
mulheres, em média, têm 14 por cento menos probabilidade de possuir
um telefone celular do que os homens, criando um hiato de gênero de
200 milhões menos mulheres do que homens que possuem telefones
celulares. Em particular, as mulheres no sul da Ásia têm 38 por
cento menos probabilidade de possuir um telefone do que os homens,
destacando que o hiato de gênero na posse de telefone celular é
maior em determinadas partes do mundo. Curiosamente, mesmo quando
as mulheres possuem telefones celulares, há uma disparidade
significativa no uso do telefone celular, com as mulheres usando os
telefones com menos frequência do que os homens, especialmente para
serviços mais sofisticados, tais como a internet móvel. Na maioria
dos países pesquisados, um menor número de mulheres em relação aos
homens que possuem telefones informou usar serviços de dados e
mensagens, além do serviço de voz.
As cinco principais barreiras à posse e uso de telefones
celulares pelas mulheres a partir de uma perspectiva do cliente
são: custo; qualidade e cobertura da rede; segurança e assédio via
dispositivo móvel; confiança na operadora ou agente; e questões de
confiança e conhecimento técnico. As normas sociais e as
disparidades entre homens e mulheres em termos de educação e renda
influenciam o acesso das mulheres à tecnologia móvel e ao seu uso,
e, muitas vezes, contribui para que as mulheres sejam submetidas às
barreiras de posse e uso de telefone celular de forma mais intensa
do que ocorre com os homens.
Benefício dos telefones celulares para as mulheres
O relatório conclui que os telefones celulares são ferramentas
importantes para melhorar a vida das mulheres em países de baixa e
média renda. Das milhares de mulheres entrevistadas neste relatório
em 11 países, incluindo tanto as proprietárias de telefone celular
e as não proprietárias:
- Pelo menos 89 por cento das
entrevistadas disseram que os telefones celulares ajudam ou
poderiam ajudá-las a manter contato com amigos e família;
- Aproximadamente 74 por cento delas
disseram que os telefones celulares economizam ou economizariam
tempo;
- Cerca de 68 por cento das mulheres
informaram que se sentem ou se sentiriam mais seguras com um
telefone celular;
- Pelo menos 58 por cento delas disseram
que se sentiriam ou se sentiram mais autônomas e independentes;
e
- Pelo menos 60 por cento das mulheres em
10 dos 11 países disseram que ter um telefone celular economiza ou
economizaria dinheiro, e pelo menos 60 por cento das mulheres em
todos os países afirmaram que um telefone celular as ajuda ou
ajudaria a tornar a execução das suas incumbências mais conveniente
ou menos onerosa.
Benefícios sociais e econômicos
O relatório concluiu ainda que alcançar a igualdade na posse e
uso entre homens e mulheres em países de baixa e média renda
poderia trazer benefícios socioeconômicos, tais como a
disponibilidade de novas oportunidades de educação e emprego para
mais 200 milhões de mulheres; liberação de oportunidade de mercado
estimada em US$ 170 bilhões para o setor móvel até 20202; e, ainda,
fazer uma contribuição econômica positiva para a sociedade.
Bouverot acrescentou que "no seu conjunto, nossa pesquisa indica
que o hiato de gênero na posse e uso de telefones celulares é
impulsionado por um conjunto complexo de barreiras socioeconômicas
e culturais que afetam negativamente as mulheres. Sem a intervenção
direcionada do setor móvel, legisladores e outras partes
interessadas, é improvável que o hiato de gênero quanto à posse e
uso acabe naturalmente por conta própria."
- FIM -
Nota aos Editores
1 GSMA, Cherie Blair Foundation, and Vital Wave Consulting,
2010, ‘Women and Mobile: A Global
Opportunity’, http://www.gsma.com/mobilefordevelopment/wp-content/uploads/2013/01/GSMA_Women_and_Mobile-A_Global_Opportunity.pdf
2 GSMA Intelligence ‘The Mobile Economy
2014’http://www.gsmamobileeconomy.com/GSMA_ME_Report_2014_R2_WEB.pdf
As conclusões deste relatório foram baseadas na pesquisa
primária e secundária realizada pela empresa Altai Consulting. A
pesquisa de campo primária foi realizada em 11 países: China,
Colômbia, República Democrática do Congo (RDC), Egito, Índia,
Indonésia, Jordânia, Quênia, México, Níger e Turquia e incluiu
pesquisas junto a 11.000 mulheres e homens (proprietários de
telefone celular e não proprietários), aproximadamente 80
discussões de grupos focais e entrevistas com mais de 120
especialistas. Os resultados desta pesquisa, combinados com as
fontes secundárias, foram utilizados para calcular o hiato de
gênero na posse de telefone celular em países de baixa e média
renda e identificar as tendências e recomendações que ajudarão as
partes interessadas a garantir que as mulheres tenham acesso à
tecnologia móvel e se beneficiem do seu uso.
O relatório completo pode ser encontrado
em:www.gsma.com/gender-gap-2015.
Programa Connected Women da GSMA
O Programa Connected Women da GSMA aproveita as conquistas tanto
do programa mWomen, que foi lançado pela Secretária de Estado
Americana, Hillary Rodham Clinton, em outubro de 2010, para
aumentar o acesso das mulheres aos telefones celulares e ao seu uso
e aos serviços móveis para a melhoria de vida nos mercados em
desenvolvimento, quanto do programa Connected Women da GSMA,
lançado em Bruxelas em 2012 para acabar com o hiato de gênero em
competências de TIC, atrair e reter o talento feminino e encorajar
a liderança feminina na tecnologia mundialmente.
O programa Connected Women aproveita a dinâmica destes dois
programas através da entrega de pesquisa, assistência técnica,
convocações, estudos de caso de defesa, melhores práticas e kits de
ferramentas para tratar também dos hiatos de gênero da
conectividade e habilidades digitais a fim de permitir que as
mulheres atinjam todo o seu potencial, tanto como consumidoras
quanto funcionárias. Para mais informações,
acesse: www.gsma.com/connectedwomen.
Sobre a GSMA
A GSMA representa os interesses das operadoras de telefonia
móvel no mundo todo, unindo cerca de 800 operadoras com mais de 250
empresas no ecossistema móvel mais amplo, incluindo fabricantes de
aparelhos e dispositivos, empresas de software, fornecedores de
equipamentos e empresas de Internet, bem como organizações em
setores adjacentes da indústria. A GSMA também produz eventos
importantes no setor, tais como o Mobile World Congress, o Mobile
World Congress Shanghai e as conferências Mobile 360 Series.
Para mais informações, acesse o site corporativo da GSMA em
www.gsma.com. Siga a GSMA no Twitter: @GSMA.
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